sábado, 29 de dezembro de 2012


Porque pessoas que vão, voltam? Porque pessoas que voltam, não ficam? Um, dois, três anos e tudo parece o mesmo, igual, nada mudou... O que será que acontece com as pessoas que vão e voltam, que voltam e vão? Porque não ficam? Porque não se modificam? O que houve de errado entre nós? Entre eles e o mundo, e a vida não deu nenhuma lição?
Lições como: 
  1)    Não se esperar nada de ninguém.
  2)    Não esperar que as pessoas não esperem nada de ninguém.
  3)    Não esperar...
  4)    Aprender a lidar com medos.
  5)    Aprender a melhorar os defeitos.
  6)    Aprender a ser feliz...
O que será que há de errado comigo? Comigo? Os que me cercam, que vem e que vão não estariam tão errados em parecerem sempre os mesmos? Será que eu sou o mesmo? Será que o mundo é o mesmo? Será que alguém mudou e ninguém reparou?
Conformar-se com o dado, o errado, o falho não é fácil, é mais fácil procurar pensar onde e com quem está a culpa, em tentar imaginar diferenças e soluções, pois pensar que tudo pode apenas não ter dado certo porque não deu, nem daria, nem dará é tão complicado para mim...

domingo, 2 de setembro de 2012

Dois Haikais

Aqui vão dois Haikais antigos que fiz nos primórdios da minha existência que achei por aqui...

I
Lá fora verão;
Crianças Brincando,
Tibum na água!

II
Lá fora verão;
Sol nascente no leste,
Hora de acordar!

Poesia(?) à vida poética sem poesia.


Se poesia exprimisse todos os sentidos não seria poesia,
Seria vida.
A vida vivida perderia o sentido, pois as palavras rimadas,
Mais que palavras, seriam suspiros, súplicas, remorsos, sorrisos, impulsos, tristezas, fulgacidade... Vivacidade.
Viva a cidade!
Viva o amor!
Viva a paixão!
Poesia é composta por mortacidades,
O real beijo quente ao abraço apertado,
O real sabor de pêssego da pele,
O cheirinho de mato, é bem mais vivo que ler Manoel de Barros.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012




Nem sempre preferi o som das palavras a elas mesmas. Nem sempre preferi o perfume, o olhar, o sorriso e o semblante da transfiguração de um corpo em barco à deriva. Lembro que antes de muito, antes do TUDO, eu não conseguia me achar, pois acreditava que estava por demais "encontrado", quando na verdade o verdadeiro encontro de si é a perdição.
Perdendo a razão e achando no fundo, no centro, na superfície aquilo que mais toca de real. Emoção, paixão, sensação, euforia, alegria... efemeridades, passagens, é o que passa, que marca, que fica.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Poema à Neruda



Neruda, o que é o porto?
Um ser sem rosto?
Um barco sem vela?
Um amor sem ilusão?

Neruda, o que é o porto?
Será desconforto?
Viver sem tê-la?
Um frio coração?

Porto já foi segurança,
Em ti desesperança.
Quanta indecisão!

O certo não sabemos,
Mas poemas faremos
Com a nossa bela mão.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Se eu fosse um poeta


Se eu fosse um poeta faria poesias em dias felizes e tristes.
Faria uma poesia em um dia triste para me alegrar,
Faria uma poesia em um dia alegre para comemorar.

Se eu fosse um poeta faria poesias, simplesmente,
Para que a dor que a gente sempre sente
Se desmanchasse no ar.

sábado, 7 de janeiro de 2012


Dois perdidos se encontram
E o encontro dos perdidos
Faz tudo ficar esquecido.

O escuro clareou
O frio esquentou
O nada significou

A lua em capricórnio
O sol em leão
Dois encontrados
Em um só coração.

domingo, 1 de janeiro de 2012


"Eis porque os que não fazem senão fingir esses sentimentos seriam bem desgraçados em contrariar seu natural para tornar-se os mais impertinentes dos homens. Se se desgostam, no fundo do coração, por não terem mais luz, não o dissimulem, pois tal declaração não será vergonhosa. Só há vergonha em não possuí-la. Nada acusa tanto uma extrema fraqueza de espírito como não conhecer qual é a desgraça de um homem sem Deus; nada marca tanto uma disposição má de sentimentos como não desejar a verdade das promessas eternas; nada é mais covarde do que mostrar valentia contra Deus.

Deixem, pois, essas impiedades para os que são de índole bastante má para serem verdadeiramente capazes disso; sejam ao menos homens de bem, se não puderem ser cristãos; e reconheçam, finalmente, que só há duas espécies de pessoas que podem ser chamadas de razoáveis: ou os que servem Deus de todo o coração porque o conhecem, ou os que o procuram de todo o coração porque não o conhecem."

(Blaise Pascal - Pensamentos)