sexta-feira, 15 de abril de 2011

Deem asas à imaginação e grudem os lápis nas mãos.



O que seria de Patativa do Assaré se não fossem seus erros? Sua simplicidade em “adevogar” sobre seu sertão. Sobre sua terra e sua gente? Quando o “erro” faz perder o sentido da poesia? O “erro” faz parte da significância da poesia de Patativa.
Se não fossem os erros... (ok, de agora em diante já paro de chamar de erro, chamarei de peculiaridades da criação de cada gênio particular que não se enquadram em normas e padrões) ... Se não fossem as peculiaridades da criação de cada gênio particular que não se enquadram em normas e padrões nada de novo seria criado.
Muito do novo vem do erro de um velho. Ou seja, muito do recentemente descoberto foi um desvio do padrão do antigamente descoberto. Amo o futurismo como um não futur-ismo, amo o surrealismo como um não surreal-ismo, eis que o entendimento de virar escola é perder o sentido de criação autêntica.
Se me fiz entender, bem... se não fiz, adeus. Deem asas à imaginação e grudem os lápis nas mãos.

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